quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Café Ecológico Gourmet

Acabou de sair o café Gourmet do Sítio São Miguel,feito com grãos orgânicos selecionados na colheita por mulheres e alguns homens, que participaram dos três mutirões que ocorreram neste ano. Em que optamos por colher apenas os grãos maduros (colheita Seletiva) sendo assim conseguimos um sabor desejável, naturalmente forte com um fundo doce e encorpado. Foram colhidos 200kg (Micro Lote), o que torna este café um produto exclusivo. Neste micro lote encontra-se muitos Fox-Beans, um grão especial que melhora muito a bebida. Portanto, conseguimos atingir um padrão de exportação. Contudo, estamos vendendo direto para o consumidor por um valor acessível, tendo em vista o padrão do mercado de cafés especiais, mas com o adicional de ser feito com café natural, ecológico, sem adição de adubos químicos, agrotóxicos e etc. Assim como o Sítio em sua totalidade se preocupa com as questões ambientais, preserva as nascentes e matas ciliares, além da reserva legal de mata atlântica constituída e a diversidade de culturas espalhadas pelo sítio. Este café é moído, ou em grão, 100% Arábica, com torra média e bebida mole. O pacote com 500g sai por 15 reais, o mesmo valor do café convencional Gourmet. Porém, aqui você está comprando direto da fonte, do sítio em que os grãos foram Colhidos, na cidade dos melhores cafés do Brasil! Venha nos visitar, conhecer nossa plantação e experimentar este delicioso café, se gostar leve alguns para familiares e amigos, estamos em Caconde-SP, na Rodovia Lorival Lindório de Faria, km 295 (SP-344 Caconde-Divinolandia). Ou faça uma encomenda e entregamos via correio, ou de outra forma, entre em contato conosco por Tel. (11)971333341(Tiê)ou e-mail: tieteu@gmail.com

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Agradecemos e convidamos todxs

Agradecemos a presença de todxs que vieram nos mutirões
Especialmente a , Prf.Ms.Patricia Vaz,Agrônoma que acrescentou muito conhecimento e trabalho físico em nosso sítio. Também aproveitamos a oportunidade para divulgar o nosso próximo encontro com enfoque em experiências educacionais, que ocorrerá nos dias 7 e 8 de Dezembro de 2013.

sábado, 10 de agosto de 2013

Ultima colheita de café especial do ano!

Venha participar da colheita de café do sítio são miguel!!! Nós que aqui estamos por vós esperamos, vamos nos re-unir para fazer o que os nossos antepassados faziam, colher os frutos maduros. Esta pratica faz bem para as plantas, pois evita que os frutos sejam atacados por brocas. E faz bem para a humanidade, pois pesquisas apontam que o consumo do café está relacionado com a longevidade da nossa espécie. Além desse fato mais objetivo, percebemos que o trabalho em grupo proporciona alegria, nos tornando mais criativos, sensíveis, confiantes, com auto-estima, entre muitas outras qualidades vivenciadas no campo. Trabalhar em coletividade, por um mesmo proposito, que converge com a natureza, uma vez que não fazemos uso de nenhum tipo de agroquímicos, torna a mente mais calma, nos faz resgatar a esperança da humanidade em harmonia com a natureza. Em um mundo globalizado em que a tecnologia é almejada pela maioria, assim como o dinheiro, pensamos ser necessário algumas práticas terapêuticas. Aqui entra a colheita do café, ir ao campo, ouvir e ver os passarinhos, encontrar amigos e realizar uma tarefa milenar. Se você sente essa vontade dentro de você, venha resgatar as suas origens junto conosco nessa colheita! Dias 16,17 e 18 de agosto de 2013. Entre em contato conosco. Oferecemos alimentação e alojamento.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mutirão de colheita de café.

Iremos o realizar o segundo mutirão de colheita manual de café orgânico na montanha.
Nos localizamos na região montanhosa do noroeste do estado de São Paulo, divisa com o Sul de minas. Região muito conhecida pela produção de café de montanha, considerado um dos melhores cafés do Brasil. O fato de estarmos na montanha dificulta a utilização de tratores, o que para nós é muito bom. Por isso a nossa colheita é realizada manualmente. Visando a qualidade da bebida do café decidimos por colher somente os cafés maduros. Tornando a colheita bem seletiva.
Essa experiência é muito gratificante quando realizada em grupos para cantarmos e nos divertirmos com esse trabalho. Aproveitar um momento de união com a natureza e outras pessoas.
Gostaríamos de convidar todos os interessados nesse assunto para somar com a gente.
Oferecemos a hospedagem e alimentação (simples com produtos agroflorestais orgânicos).
Gratidão

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Familia Caconde!


Esse é um pedacinho da nossa família Cacondeana. E essa família tende a aumentar cada vez mais.
Por isso estaremos sempre divulgando as idéias e atividades que estamos realizando no sitio para que cada vez mais pessoas possam aparecer e Somar com a gente.
Nossas próximas tarefas são reformas, temos agora uma casa vazia que precisa de alguns retoques, janelas porta, varanda. A ideia dessa casa é receber as pessoas que vem ajudar a gente nos trabalhos, alugar para feriados e temporadas, para também ser uma forma de arrecadar verbas. Outra reforma será do barracão, que antes era utilizado como retiro de leite, agora queremos transformar em um espaço para encontros, trocas, cursos. Um ponto de arte, cultura e convivência. Queremos nos programar para o grande momento do ano que será a colheita de café, que será em junho/julho. E se tudo der certo queremos realizar ao final da colheita um festival de inverno para celebrar.
Isso sem falar nas atividades diárias do sitio, muitos plantios, manejos e implementações de áreas agroflorestais.
Temos a possibilidade de participar dos programas de aquisição de alimentos da prefeitura, porém ainda não conseguimos produzir a quantidade de alimentos necessário.
Por enquanto é isso amigos. Que os dias sejam prósperos para todos nós.
Abraços e as porteiras estão sempre abertas para as pessoas com desejo de mudança e trabalho.
grata

domingo, 31 de março de 2013

Poesia





Vida Simples Pensamento elevado!


No meu cantinho criei o meu mundo...
Não vejo carros, não vejo prédios...
Vejo a terra, ouço os pássaros...
Sinto que vivo, sinto viver, respiro com as flores, inspiro com as folhas...
Bebo da fonte...
Minha moeda são minhas sementes, o meu tempo é só meu...
Não divido com trânsito, com banco, com filas,com espelho, com esmalte...
É todinho meu e de todos vocês...
No meu cantinho, criei o meu mundo...
Simplezinho, quente, aconchegante...
Como um bolo de fubá que acaba de sair do forno...
O meu mundo é aquele cantinho, depois daquelas árvores...

Gratidão amigo poeta e grande artista 
Lu Principe 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Banheiro ecológico

Considerado o modelo mais ecológico de tratar os dejetos humanos, o banheiro seco, aos poucos, deixa de ser uma esquisitice nunca vista antes e passa a ser algo real, viável, confortável, belo e sustentável. O aspecto mais interessante deste banheiro é a economia de água, se pensarmos na quantidade de água potável que é utilizada nas descargas de nossas casas e relacionarmos com outras formas de usos teremos um resultado alarmante. Só pra inspirar esta reflexão, pense que uma descarga gasta no mínimo uns dez litros de água (hoje já tem o modelo econômico que usa 6 Litros), que é a capacidade de um balde padrão, se utilizarmos a privada duas vezes no dia já são vinte litros, o que corresponde a um banho de dez a quinze minutos em um chuveiro normal. Na cozinha usamos para cozinhar no dia, por pessoa uma média de três litros, já para lavar louça esse número aumenta drasticamente para algo em torno dos dez litros. Na hora de lavar roupas na maquina ou tanquinho você, ou eu vai gastar só pra enche-lo 40 litros e depois pra enxaguar mais uns 20.mas não é todos os dias que se lava roupas. O uso da Água potável na descarga poderia ser evitado com o reuso da água do chuveiro coletada em uma bacia na hora do banho, ou da água de lavar roupa. Ou não usar água para dar descarga como é no caso do polemico banheiro seco. Este exige um pouco de espaço, para quem mora em prédio fica difícil fazer, contudo se alguém arriscasse um projeto poderia nos surpreender com um ótimo resultado, basta pensar em como solucionar problemas relacionados a espaço, vai aqui uma dica para os pioneiros, usar um balde com assento e tampa e bate-lo em um tonel grande na área do condomínio. O nosso foi feito em mutirão no ano novo de 2012, nele utilizamos bambo, eucalipto, telha recicláveis e tubos de pvc, estes foram os matérias encontrados nas ruas, mas precisamos adquirir algumas conexões, cimento, areia e tijolos. A obra consistiu em aproveitar o desnível do terreno para facilitar o uso do banheiro, pois necessariamente precisamos coletar os dejetos em um recipiente, para isso deve haver um desnível entre o acento do vaso e o recipiente. No nosso caso, por se tratar de uma região montanhosa, retiramos um metro e meio quadrado de terra da encosta do morro, onde construímos de alvenaria um pequeno deposito para colocar o recipiente onde os dejetos irão cair. O importante deste deposito é ter uma passagem na lage para passar os dejetos, isso é o principal, outro ponto que deve ser observado com atenção é como retirar os resíduos, há diversas maneiras, nós optamos por captar com um tambor de lixo e retirar este por uma porta que fizemos com uma janela de alumínio. Com os bambos construímos as paredes em cima da laje do deposito e cobrimos com a telha. Já o vaso nós construímos com pequenos pedaços de tubos de pvc e cimento, optamos por separar a urina, porque esta tem outro processo de decomposição, que não exige seis meses de espera e quando juntos o resultado não é muito bom, primeiro porque perdemos a urina, com a ureia de fácil aplicação e depois porque dificulta no processo de decomposição e eliminação dos coliformes fecais. Em um ano de funcionamento já enchemos três tambores de duzentos litros e devolvemos para a mãe terra o conteúdo de dois tambores (400L)tratados. O quanto de água que economizamos não tem valor mensurável, uma água que deixou de ser poluída e de ser tratada o que envolve o custo e o dano ambiental de seu tratamento(alagamento de grande área. Quando se mora no Sitio os elementos da natureza ganham mais força em nós, pois estão por toda parte, ao nosso redor e dentro da gente, assim percebemos o quanto dependemos deles e o trabalho que da para te-los sob certo controle, dentro de nossas casas. Estou muito contente com os resultados obtidos neste um ano de funcionamento deste banheiro, obrigado a todos aqueles que participaram desta construção, direta ou indiretamente.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Resposta da natureza

Dedico esta poetagem sobre os resultados obtido depois de dois meses do curso de agrofloresta ofertado aqui no sítio. Posso dizer que existiu um ganho imensurável, na verdade criamos vínculos com outras pessoas e instituições, o que não há preço que pague. A convivência por apenas três dias com todos os participantes pode tornar questionável o conceito de tempo e espaço. Tempo porque foi muito prazeroso compartilhar um pequeno momento no universo, que para mim ainda esta vivo na memória e no cotidiano, isso significa que os poucos instantes se transformaram em eternidade no meu caso. Espaço, neste caso, tem o mesmo sentido, dividimos o mesmo espaço nos percebendo sem incomodo, imagine quarenta pessoas dividindo dois banheiros, mais um banheiro seco e uma ducha do lado de fora da casa, que não é grande, porém confortável. De fato a maioria das pessoas ficaram acampadas o que aliviou muito o transito da casa. Todavia não tivemos nenhum tipo de problema, no máximo, ter que esperar uma, ou duas, pessoas tomar banho para fazer o mesmo. Sinteticamente, no quesito humanidade nota dez, fizemos novos amigos e reencontramos velhos amigos. O curso intensivo contou com dinâmicas para aproximar as pessoas, todos tiveram que falar, ao menos duas vezes, uma na chegada e outra na saída. Já aqueles que adoram conversar em certos momentos ouviram um pedido de silencio. A melhor hora é a de comer, isso ninguém duvida, chamamos uma amiga que trabalha com comida viva, ela fez lindas saladas e deliciosos pratos quentes,incluindo pães e bolos nos lanchinhos da tarde. Suco vivo todo dia cedo foi de prache, depois ainda tinham as elaboradas receitas de queijos e patês de germinados, além de provarmos leites diferentes, como o de aveia, o de gergelim, entre outros. Até os mais dependentes da carne no prato não reclamaram de passar esses três dias sem ela, ao contrario foi uma nova concepção de alimentação vivenciada sem traumas. A propósito quase todo alimento servido no curso foi de origem orgânica e demos preferencia aos produtores locais, tivemos dificuldade em encontrar alguns ingredientes orgânicos como aveia em flocos, girassol sem casca, cacau em pó, entre outros, os demais fizemos questão de ter uma procedência que respeite o meio ambiente. Agora vamos tratar da receita, digo da viabilidade financeira do SAF (sistema agroflrestal). Logo após o curso tivemos que visitar alguns parentes em uma ocasião especial, o que aproveitamos para visitar amigos e novos lugares, sítios de amigos. Com isso se passou três semanas, que coincidido com o inicio das chuvas, adivinha nossa surpresa quando voltamos aqui para a nossa terrinha, o mato tava batendo na cintura, isso porque sou alto, caso contrario era mó peito. Onde tivemos a prática do curso não foi muito diferente o capim naipe estava da minha altura para mais, algumas branquirias haviam invadido o canteiro e nasceram muitas abóboras que não estavam previstas e nessa altura das chuvas já tinham se espalhado de um canteiro a outro. As abóboras provavelmente vieram junto com o adubo do composto, que é formado pela decomposição do lixo orgânico gerado na cozinha, ou seja não separamos as sementes na ora de jogar na Composteira e quando fomos usar as sementes vieram de brinde. O mato, a braquiária, alguns picão, tiririca e outras ervas devem ter surgido do reboto das raízes e rizomas esquecidos dentro dos canteiros ou por dispersão de sementes pelo vento, não tivemos outra saída se não arrancar as suas raízes na mão ou na inchada. Depois de uma limpa no capim naipe, que foi plantado com o propósito de gerar matéria orgânica, ou seja, massa, volume, de palha, conseguimos visualizar as plantas que resistiram essa super lotação de seus canteiros, o que era para ser colhido com vinte dias eram as rúculas, conseguimos apenas sete maços, pois ficaram muito abafadas, esperávamos colher bem mais, uns trinta. Na agricultura a perda é algo inevitável, as vezes ela pode se dar no campo, por condições climáticas, ou por inviabilidade de lucrar como esta acontecendo com a laranja e o café em nosso pais. Ou ainda a perda pode se dar no ponto de venda devido a perenidade dos produtos da roça. Todavia a perda aqui foi devido a falta de manejo adequado no momento certo, estamos aprendendo com os erros, infelizmente. Após a rúcula tivemos quase cinco quilos de vagem, a vagem foi ofertada na lista de entregas orgânicas a domicilio, vendemos pouco mais de um quilo e meio, o quilo custa sete reais, tirando o frete fica cinco, o restante doamos e comemos. A vagem superou minha expectativa, lembre que ela é leve e volumosa, então enchemos duas sacolas grandes em menos de dez metros quadrados. Depois da vagem era para ser a vez do alface, mas este infelizmente não ficou nem para contar história, contudo a escarola sobreviveu com três exemplares, além destas tem lá ainda couve flor, deu um pouco de pulgão, não sei o porque. Temos milho verde, esse não sofreu com o abafamento, sofreu mais comigo que confundi uns três pés com o capim naipe que é um pouco parecido. Já colhemos uma dúzia de espigas e tem mais duas dúzias para colher. A cenoura deu sinal de vida, mas não por muito tempo. O coentro ficou um exemplar. As mandiocas já estão da minha altura, mas ainda vão levar um tempo para dar flor e mandioca, todavia nenhuma sucumbido. Depois delas Teremos ainda os inhame que estão contentes com tanto adubo no pé. Já os tomates sobreviveram meia dúzia com baixa produção. Contudo as mudas de arvores, que eram o foco do trabalho estão muito bem, sempre com folhas novas e brilhantes, sem doenças ou pragas. De modo geral, na minha avaliação, apesar das perdas ainda estamos no lucro pois só a vagem ou só a mandioca, ou ainda só o milho, pagam os custos da plantação, o que vier pela frente entra como lucro, me refiro as laranjeiras, as abacateiros, arvores pra Madeira como o cedinho, o mogno, os cafés. Estas plantas iriam apresentar lucro após um ou dois anos de produção, ou seja uns seis anos após o plantio. Sem duvida a agrofloresta é o sistemas economicamente mais viável, pelo seu retorno rápido e pela sua diversidade de produtos, o que torna mais segura a lavoura. Ver o campo com três dimensões parece ser o normal, entretanto o agrobusiness vê apenas em duas dimensões, pois trata da espécie por metro quadrado, isto é uma monocultura, em o campo inteiro é igual, chapado, todas as plantas possuem a mesma altura e muitas vezes não otimizam o uso do solo. Pensam estar seguro do melhor aproveitamento por área, usam a formula do gráfico cartesiano de modo erronia, apesar de pegarem o ponto extremo do gráfico. O que o agrobusiness esquece de inferir no gráfico são as outras espécies que atuam juntas, melhorando a produção de ambas, o que os agrônomos chamam de consorcio, isto a agrofloresta leva ao limite, otimizando o espaço aéreo, e do solo, cada espécie ocupa um lugar diferente na biosfera, plantar uma laranja a um palmo de um cedro parece algo no mínimo estranho, contudo a laranja fica baixa e o cedro bem alto, portanto elas ocupam extratos diferentes, a laranja suporta bem a sombra do cedro, alias até prefere um ambiente sombreado.